O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) anunciou ontem (19/10/11) que as exportações brasileiras em 2011 chegaram a US$ 202,071 bilhões entre janeiro e o dia 18 de outubro. O resultado supera o valor das exportações em todo o ano de 2010 (janeiro a dezembro), quando foi registrado um resultado recorde. Segundo o ministério, a meta para as exportações brasileiras em 2011 é de US$ 257 bilhões. O número projeta um crescimento de 27% sobre o total exportado em 2010.
No dia 17 de outubro, o ministério informou que, no acumulado do ano, até a segunda semana de outubro, com 198 dias úteis, as vendas ao exterior somavam US$ 199,809 bilhões (média diária de US$ 1,009 bilhão). Na comparação com a média diária do mesmo período de 2010 (US$ 778,9 milhões), as exportações cresceram 29,6%. As importações foram de US$ 175,898 bilhões, com média diária de US$ 888,4 milhões. O resultado está 26% acima da média registrada no mesmo período de 2010 (US$ 704,8 milhões).
No acumulado do ano, o superávit comercial está em US$ 23,911 bilhões, crescimento de 66,4% em relação ao mesmo período de 2010 (US$ 14,372 bilhões). Na comparação pela média diária, o crescimento foi de 63% em relação a igual período do ano passado (US$ 74,1 milhões).
ARRECADAÇÃO FEDERAL TAMBÉM SOBE
A arrecadação federal cresceu em ritmo menor, mas voltou a bater recorde em setembro de 2011. Segundo dados divulgados ontem (19/10/11) pela Receita Federal, a arrecadação somou R$ 75,102 bilhões no mês passado, crescimento de 7,52% em relação ao mesmo mês de 2010, descontada a inflação oficial pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O valor é o maior registrado para o mês.
No acumulado de 2011, a União arrecadou R$ 717,568 bilhões, alta de 12,63% na comparação com os nove primeiros meses do ano passado também descontado o IPCA. Nos oito primeiros meses de 2011, o crescimento real acumulado ficou em 13,26%.
De acordo com a Receita Federal, o aumento da produção, da massa salarial e da lucratividade foram os principais fatores que contribuíram para a alta na arrecadação em 2011. A venda de bens e serviços, que impulsiona a receita dos tributos ligados ao faturamento, aumentou 12,24%, de janeiro a setembro, em relação ao mesmo período de 2010.
E a massa salarial, que influencia a arrecadação do Imposto de Renda e das contribuições para a Previdência Social, subiu 15,84% nos nove primeiros meses do ano. Mesmo com a economia se expandindo em ritmo menor, esses indicadores continuam crescendo.
Outros fatores, no entanto, estão influenciando o caixa do governo federal e compensando eventuais desacelerações do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). A arrecadação do parcelamento especial de dívidas com a União, chamado de Refis da Crise, somou R$ 2 bilhões apenas em setembro, contra R$ 1,850 bilhão em agosto. No acumulado de 2011, o parcelamento extraordinário somou R$ 16,2 bilhões.
As altas do dólar e das importações também influenciaram a arrecadação em 2011. De acordo com a Receita, houve elevação de 28,12% do valor em dólar das compras do exterior neste ano. Isso se refletiu em alta real, considerando o IPCA, de 17,55% do Imposto de Importação, nos nove primeiros meses de 2011, e de 11,36% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), vinculado às importações.
O reajuste do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas operações de crédito da pessoa física e nas operações de câmbio também interferiu na arrecadação em 2011. A arrecadação do imposto cresceu 16,13% no acumulado do ano, também descontado o IPCA.
FONTE
Agência Brasil
Daniel Lima, Kelly Oliveira e Wellton Máximo - Repórteres
Lílian Beraldo e Lana Cristina - Edição
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