quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

TEMOS PEIXE NA SEMANA SANTA


CRIAÇÃO DE PEIXE DE ODILENE SITIO CIPÓ

A articulação de introdução de uma nova atividade de geração de renda nas (UPF) Unidade de Produção Familiar, a criação de peixe em tanque escavado no vale, continua em 2012, neste domingo tivemos a oportunidade de visitar a criação do senhor Odilene na comunidade do sitio cipó.
A visita teve dois objetivos, primeiro o trabalho de acompanhamento para ver a estoque de raça, manejo e biometria, segundo o planejamento de comercialização, pois o senhor Odileno faz parte do grupo escolhido pela APIVA – Associação dos Piscicultores do Vale do Apodi formado por quatro sócios responsável para o abastecimento no período da semana santa, onde acontece uma grande procura e consumo do pescado, motivado pela crença religiosa.
A finalidade desse trabalho é chegar à semana santa, que acontece no dia 6 de abril, com peixe no peso de 600 gramas e quantidade suficiente para atender a população de Apodi, com preço acessível.
Fonte: Portal Búzios

NOVA TURMA DE CRIADORES DE PEIXE


Curso de criação de peixe em tanque escavado aconteceu
Em março de 2010, Comunidade: Sitio Paulista Vale do Apodi/RN

Vamos transformar o município de Apodi, nos próximos anos, no dos maiores produtor de tilapia do Rio Grande do Norte, somando as modalidade de criação em tanque rede na barragem de santa cruz e também a criação em tanque escavado no vale.
Para o ano de 2012 temos o objetivo de juntamente com os parceiros Prefeitura Municipal de Apodi, SEBRAE e APIVA - Associação dos Piscicultores do Vale do Apodi, a formação de mais uma turma de piscicultores, primeiro vamos trabalhar a capacitação que é de responsabilidade do SEBRAE, então estamos convidado os interessados em participação de uma reunião preparadora na Casa de Cultura 27 de janeiro de 2012 às 9:00hs.
Agradece Secretaria de Agricultura de Apodi
Gestor de Piscicultura Eron Costa contato: 96221113/94180920

Fonte: Portal Búzios

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Monsanto denunciada na Argentina

A Administração Federação de Receitas Públicas (AFIP, da sigla em espanhol) da Argentina denunciou a Monsanto por tráfico de pessoas e exploração de 65 trabalhadores em condições degradantes com base em uma fiscalização realizada no final do ano passado. A informação é do jornal argentino Página 12, que publicou reportagem sobre o assunto na edição de terça-feira, 17.


O flagrante aconteceu em um dos campos da Rural Power, empresa contratada pela Monsanto, que também acabou sendo denunciada.
De acordo com a publicação, os camponeses contratados para trabalhar na lavoura de milho foram levados para uma área a 200 km de Buenos Aires, e, então, enganados, endividados e impedidos de deixar o local. À fiscalização, eles disseram, ainda segundo o jornal, cumprir jornadas de até 14 horas seguidas no processo de desfloração do milho.

Na produção de sementes transgênicas, trabalhadores rurais têm que separar manualmente as flores de algumas das espigas para tentar controlar o processo de reprodução e as características desejadas na nova safra. Na Argentina, as denúncias de violações trabalhistas no cultivo de milho transgênico têm sido constantes.

Procurados pela Página 12, os representantes da empresa no país afirmaram que realmente o campo foi inspecionado, mas que a e multinacional não foi informada sobre a denúncia. Eles ressaltaram que a Monsanto mantém “os padrões mais altos para os trabalhadores” e forte preocupação em relação a “direitos humanos”, e que a Rural Power também se adéqua às normas da companhia e à lei argentina.

Fonte: Blog da Redação / Repórter Brasil

sábado, 21 de janeiro de 2012

EMPARN faz previsão de bom inverno para o semiárido em 2012

O semiárido nordestino deverá ter em 2012, no período de janeiro a março, boas chuvas como ocorreu no ano passado. A previsão é dos meteorologistas do Nordeste, entre os quais, da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado (EMPARN), divulgada na Reunião de Análise e Previsão Climática para o setor Norte do Nordeste do Brasil ocorrida nos dias 15 e 16 deste mês, na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), na Paraíba. O volume de chuva que cairá nos três primeiros
meses de 2012 será igual ou maior que a registrada no mesmo período desse ano.
Com base nas condições oceânicas e atmosféricas da EMPARN, realizadas no mês passado, a continuidade do fenômeno La Niña no Oceano Pacífico Equatorial, a tendência é de permanecer até o primeiro semestre de 2012. Anomalias positivas da temperatura da superfície do mar aliado a um predomínio de normalidade no Oceano Atlântico, indicam tendência de chuvas variando entre normais e acima da média sobre o Nordeste do Brasil.

fonte: EMPARN

Brasil deve aumentar produção de grãos e de carnes em mais de 80% em 40 anos

Danilo Macedo

Brasília - Projeções do Ministério da Agricultura para os próximos 40 anos indicam que o Brasil deve aumentar sua produção atual de grãos em 88% e a de carnes em 98%. A colheita de grãos, estimada em 159 milhões de toneladas para a safra 2011/2012, deve chegar a 299,5 milhões de toneladas em 2050. A produção de carnes, que este ano totalizou 26,5 milhões de toneladas, será de 52,6 milhões de toneladas, de acordo com a previsão.

Segundo o coordenador-geral de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Garcia Gasques, o aumento da produtividade, gerado principalmente pela adoção de tecnologias e pelo melhoramento do processo de gestão e da qualificação do agricultor, é o principal fator do incremento na produção. A taxa de aumento de produtividade da agricultura brasileira nos últimos anos atingiu uma média de 3,6%, enquanto a dos Estados Unidos, por exemplo, ficou em 1,95%.

Segundo Gasques, o crescimento na produção de grãos será acompanhado pelo aumento da área plantada, projetado em 39%. Assim, a área cultivada deve passar de 46,4 milhões de hectares para 64,5 milhões de hectares.

Edição: Juliana Andrade


Agência Brasil

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Bebedouro inteligente para abelhas melhora produção de mel em 50%

Uma nova tecnologia pode ajudar a desenvolver ainda mais a apicultura no Maranhão. Trata-se do bebedouro inteligente, um sistema que impede a contaminação da água consumida pelas abelhas e evita o desperdício pela evaporação e pela aproximação de outros animais. Idealizada pelo consultor do Sebrae no Maranhão Euler Tenório e pelo apicultor Rolf Benkert, do povoado Cajueiro, no município de Maracaçumé, a invenção foi destaque no II Congresso Nordestinho de Apicultura e Meliponicultura, realizados recentemente em Teresina. A inovação atraiu centenas de apicultores e técnicos participantes dos eventos.

Segundo Tenório, a demanda pelo equipamento é maior em regiões de mangue, onde a água é salobra. "Mas os bebedouros podem ser uma solução muito útil em qualquer lugar de produção de mel", aragumenta. Depois de um ano usando o protótipo, o apicultor Rolf Benkert conta que a produção cresceu 50%. "Não tendo que procurar água, as abelhas economizam metade do tempo, o que ajuda também na refrigeração da colméia", lembra o apicultor.

O bebedouro inteligente é montado numa estrutura cercada por tubos de PVC. Os canos têm aberturas cheias de pedras no nível da água onde as abelhas pousam. Uma boia regula a quantidade de água. "O custo de produção do protótipo foi de R$ 60,00, que deve cair quando o processo for industrializado. Tudo ainda é muito recente, mas estamos em busca de parcerias", ressaltou Euler Tenório.

Mais Informações

Sebrae no Maranhão
Telefone: (98) 3216-6133

FONTE

Agência Sebrae de Notícias
Pablo Habibe - Jornalista

Rejeição europeia a transgênicos faz Basf se voltar para a América

Diante da forte resistência europeia aos transgênicos, o conglomerado químico alemão Basf resolveu mudar de estratégia. A empresa anunciou no dia 16 de janeiro de 2012 que vai concentrar suas pesquisas de biotecnologia vegetal no continente americano: a sede corporativa da Basf Plant Science deixará de ser em Limburgerhof, na Alemanha, e passará para Raleigh, nos Estados Unidos.

"Nós estamos convencidos de que a biotecnologia vegetal é uma tecnologia-chave para o século 21. No entanto, ainda há pouca aceitação dessa tecnologia em muitos locais da Europa - pela maioria dos consumidores, agricultores e políticos", disse Stefan Marcinowski, membro da junta diretiva mundial da Basf, ao explicar a decisão.

Consequentemente, a empresa encerrou o desenvolvimento e a comercialização de todos os produtos que, até então, eram voltados para o mercado europeu. Os processos aprovados, no entanto, terão continuidade. "Sob uma perspectiva de negócios, não faz sentido continuar investindo em produtos cuja comercialização é direcionada exclusivamente para esse mercado [europeu]", alegou Marcinowski em nota oficial.

Lucros e empregos

O grupo ambientalista Greenpeace disse não se surpreender com a notícia. "É realmente apenas um passo lógico e empresarial que certamente faz sentido. Por um determinado tempo a biotecnologia vegetal certamente não tem chances na Europa", respondeu à DW Brasil o ativista Dirk Zimmermann, do escritório alemão da ONG.

Na visão do ativista, o consórcio alemão manteve por algum tempo a esperança de que esse panorama mudasse, após a aprovação da batata Amflora, em 2010 - um "fiasco total", na avaliação de Zimmermann.

Com a mudança da Basf Plant Science para os Estados Unidos, 140 postos de trabalho serão fechados na Europa. "Nossos colaboradores realizaram um excelente trabalho nos últimos anos. Lamentamos a redução dessas posições de alta qualificação na Alemanha e na Suécia", afirmou Marcinowski.

Uma questão de atratividade

A empresa passa a se dedicar com mais intensidade aos "mercados mais atrativos das Américas do Norte e do Sul", além do mercado asiático crescente. Nos Estados Unidos e no Brasil, o cultivo de sementes geneticamente modificadas é permitido -- Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Chile, Honduras e México também estão na lista.

"Eu acho que a engenharia genética também não tem futuro na América: soluções sustentáveis para a agricultura não são consideradas e não há ganhos mais elevados", acrescentou Zimmermann, do Greenpeace alemão.

No caso do Brasil, as primeiras sementes transgênicas chegaram ao país clandestinamente, em 1997. De lá para cá o governo liberou as lavouras desse tipo e o país, em 2010, registrou uma área de 25,4 milhões de hectares de cultivo transgênico, diz a pesquisa mais recente da Isaaa, órgão internacional que estuda o setor.

Além da soja, semente transgênica mais difundida no Brasil, o milho e o algodão também são liberados. Recentemente, as autoridades brasileiras deram sinal verde para o feijão geneticamente modificado desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e mantiveram a discussão sobre a liberação do arroz.

Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os fazendeiros passaram a cultivar transgênicos já a partir de 1996, ano em que o país autorizou esse tipo de tecnologia. Em 2011, cerca de 94% da área de soja plantada no país era geneticamente modificada. Outras sementes largamente usadas são as de algodão e de milho.

Ainda assim, segundo a análise do Greenpeace, não há garantias de que a Basf será bem-sucedida nos Estados Unidos, já que o mercado local está muito dividido. "E no resto do mundo há cada vez mais rejeição", complementou Zimmermann.

"No entanto, para a Europa, essa é uma mensagem extremamente importante. Eu espero que os concorrentes da Basf sigam esse exemplo", disse o ativista alemão.

FONTE

Deutsche Welle
Autora: Nádia Pontes
Revisão: Alexandre Schossler

APTA é a única instituição pública do País a produzir abelhas rainhas

A rainha é a principal abelha do enxame. É a única fêmea fértil e responsável pela postura dos ovos que originarão todos os indivíduos da colméia, inclusive sua substituta. É dela que depende também a produtividade final dos apiários. Quanto mais jovens, mais produtivas. Sua substituição deve ser feita anualmente. A manutenção de rainhas jovens e de boa origem nas colônias pode aumentar a produtividade de mel em até 60%.

Com toda essa relevância da rainha o Polo Vale do Paraíba/APTA Regional, localizado em Pindamonhangaba, é a única instituição pública do país que fornece abelha rainha para o apicultor. Os produtores de qualquer localidade brasileira podem encomendar abelhas rainhas virgens ou fecundadas e recebê-las pelos Correios. A embalagem para envio também foi desenvolvida pela pesquisa paulista e garante o sucesso da entrega. A possibilidade de morte é mínima, desde que seguidas as recomendações.

Rainhas velhas e de baixa qualidade vão refletir na produtividade do apiário, com o aparecimento de colônias improdutivas, que necessitam de mais trabalho para a correção de suas deficiências. Os custos de produção se elevam e consequentemente o preço final dos produtos apícolas sobem.

De acordo com a pesquisadora da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), Maria Luisa Teles Marques Florêncio Alves, a simples substituição de uma rainha africanizada velha por uma nova aumenta a produção de mel em 20%. Quando essa substituição for por uma rainha selecionada, como é o caso das fornecidas pela APTA, a produtividade tem um salto de até 60%.

"Mais de 90% dos apicultores brasileiros têm por característica não investir na substituição periódica de rainhas velhas e de baixa produtividade por novas e produtivas. No Brasil, a despeito da tradição e extensão de sua apicultura, essa prática não é muito desenvolvida", explica Alves, pesquisadora da APTA, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo (SAA).

O estudo desenvolvido pelo Polo Vale do Paraíba/APTA Regional caracteriza-se como um projeto de base tecnológica, que beneficia diretamente a apicultura pela disponibilidade de material genético aos produtores, assegurando maior disponibilidade de mel no mercado e maior densidade de abelhas para a polinização de culturas alimentares e industriais. Além de disponibilizar tecnologia, a pesquisa paulista atua há mais de 30 anos no treinamento, formação de mão de obra e demonstração de métodos aos apicultores.

"Para a seleção de abelhas com características que interessem ao apicultor utilizamos a seleção massal, que é o método utilizado em populações de abelhas que ainda não sofreram nenhum melhoramento. É uma seleção feita com base no desempenho da colméia e é o método mais simples de melhoramento genético. Sua utilização com abelhas resulta em bons ganhos iniciais, graças à grande variabilidade genética existente em nossas abelhas africanizadas", explica Alves.

O Polo produz em média 1.850 rainhas por ano, com taxa de fecundação de 54,4% e 39,51%, nos meses de março e junho, respectivamente. A melhor época de produção de rainhas é de setembro a abril. A explicação para a queda de produção em junho, segundo Alves, é que os períodos de variações ambientais interferem em maior proporção na fecundação. "Nos países de clima temperado, a estação de produção é definida e a fecundação é sempre alta -- em torno de 50% -- pois ocorre na melhor época", explica.

A vantagem do uso das rainhas fecundadas, de acordo com Alves, é que elas têm praticamente 100% de aceitação no enxame, desde que as orientações enviadas pela APTA sejam seguidas. "A rainha fecundada está pronta para atuar na colméia e substituir uma outra que já não estava bem. A rainha virgem, ou princesa, ainda precisa ser fecundada e pode não retornar para a colméia, ser morta por predadores e se perder. O risco é de 50% ou mais, dependendo da época do ano", afirma a pesquisadora da APTA.

Cerca de 50 pequenos apicultores brasileiros são atendidos anualmente pelo Polo e os preços das abelhas variam de R$ 6 a R$ 15 reais, para as virgens e fecundadas, respectivamente.

Embalagens

Grande parte das abelhas rainhas produzidas pelo Polo Vale do Paraíba/APTA Regional são adquiridas não só por apicultores dos municípios do Estado de São Paulo como também de outros Estados do Brasil. Quando o apicultor não está próximo ao Vale do Paraíba, a abelha rainha chega até ele por meio dos Correios.

Enviadas via Sedex, são acondicionadas em uma gaiola tipo Berton modificada, confeccionada no tamanho apropriado para compor uma embalagem aceita pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT). A embalagem foi desenvolvida em 1986 pela equipe de pesquisadores da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, quando foi iniciado o Projeto de Criação de Abelhas Rainhas.

Durante a viagem, cada rainha é colocada na gaiola com seis operárias jovens da sua própria colméia, que têm a função de sustentá-la durante o trajeto. "Essa embalagem tem três câmaras para acomodar também o alimento à base de açúcar finíssimo e mel, chamado cândi. As operárias consomem o cândi e produzem geléia real com a qual alimentam a rainha durante a viagem", explica Alves.

Segundo a pesquisadora, temperaturas entre 20ºC e 25ºC são ideais para assegurar a integridade das abelhas e rainhas dentro das embalagens e estas podem permanecer na gaiola por sete dias, porém, dependendo de como transcorrer a viagem, com temperaturas muito baixas ou muito altas, esse tempo pode diminuir.

"A embalagem é composta de duas tiras de aglomerado de madeira (tipo MDF 3 mm), tendo a tira o tamanho mínimo correspondente a um envelope pequeno (11 cm x 16 cm) e no máximo a um envelope padrão (25 x 30 cm), que unirá as gaiolas na parte superior e inferior, formando uma caixa", explica a pesquisadora da APTA.

Ao receber as abelhas, o produtor deve observar se todas, ou quase todas, estão vivas e ativas, o que significa que a viagem correu em condições favoráveis. "Neste caso, as rainhas poderão aguardar por dois ou três dias antes da introdução no enxame. O local adequado para deixá-las tem que ser arejado, livre de formigas, inseticidas e com temperatura ambiente em torno de 20º C. Se, ao contrário, a maioria das abelhas estiver debilitada, a introdução deverá ser feita com máxima urgência", alerta Alves.

Junto com encomenda, o produtor recebe instruções de como proceder para realizar a troca da rainha. Recomenda-se fazer a substituição imediata de uma rainha por outra, com a retirada da rainha da colméia e, no ato, introduzir a gaiola com a substituta. É preciso ainda examinar cuidadosamente os favos e destruir todas as realeiras.

De acordo com a pesquisadora, a ocorrência de morte durante o transporte é mínima e, em geral, ocorre quando as embalagens são esquecidas no transporte ou em local muito quente ou frio. "Acontece também de o comprador esquecer de ficar em casa no dia em que as abelhas serão entregues e o carteiro não saber o que fazer com elas. As rainhas acabam tendo que passar o final de semana na Agência dos Correios e sofrerem ataques de formigas, por exemplo, que vão buscar o cândi na gaiola. Em geral as perdas das abelhas rainhas acontecem por inabilidade", afirma.

Na Europa e nos Estados Unidos existem outros tipos de embalagens para o transporte. Segundo Alves, os resultados de eficiência entre as embalagens estrangeiras e as utilizadas na APTA se provaram equivalentes.

Mel no Brasil

São Paulo é o 7º Estado em produção de mel no Brasil, segundo dados de 2009 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Estado produz 2.104 toneladas de mel, o que representa 5,4% do total. O Rio Grande do Sul, Paraná e Ceará estão nas primeiras colocações, com 7.155, 4.831 e 4.735 toneladas, respectivamente.

Na região Sul e Sudeste, o mel provem principalmente da associação dos cultivos comerciais de laranja e de eucalipto. "Se por um lado isso facilita a identificação unifloral, por outro reduz as possibilidades de certificação orgânica pelo uso de defensivos agrícolas em muitas dessas plantações", explica Alves.

O mel silvestre, muito comum no Brasil, é a denominação comercial atribuída ao mel composto por floradas nativas, em que não se identifica a florada predominante e é geralmente de composição multifloral.

De acordo com a pesquisadora, todas as regiões do Brasil apresentam grande potencial para a apicultura e os desafios a serem enfrentados no País são muitos. Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), de 2007, no Nordeste, a apiculcultura se caracteriza como atividade migratória e pode alcançar até 100 kg/colméia/ano, enquanto que a produtividade da apicultura fixa gira em torno de 50 kg/colméia/ano. "A produtividade média no País, porém, é baixa e gira em torno de 18 kg/colméia/ano. Na Argentina, por exemplo, a produtividade é de 38 kg/colméia", diz a pesquisadora.

Segundo Alves, a qualidade do mel nacional, entretanto, supera a de seus concorrentes. Isso pode ser demonstrado, por exemplo, pela capacidade de exportar mel in natura, enquanto outros países exportam mel exclusivamente para blend, usado para misturar com melados de cereal ou açúcar e utilizado principalmente pela indústria de alimentos.

O potencial de ampliação da produção brasileira de mel está longe de ser considerado esgotado, mas o futuro da atividade, segundo Alves, depende, de forma crucial, de investimentos em pesquisa e desenvolvimento para melhorar a competitividade da apicultura nacional. "Há necessidade de aprofundar a experiência atual e produzir novos conhecimentos específicos para cada região produtora, além da adoção generalizada de técnicas criatórias, controles sanitários e modelos de gestão", diz.

Para a pesquisadora, é preciso manter e ampliar o mercado externo recém conquistado, reduzir o custo de produção, elevar a produtividade média do apicultor, investir em infraestrutura e capacitação da mão de obra.

Mais Informações

Polo Vale do Paraíba/APTA Regional
Avenida Professor Manoel César Ribeiro, 320
Caixa Postal 07
CEP 12400-970 - Pindamonhangaba/SP
Telefones: (12) 3642-1812 / 3642-1098 / 3642-1164
E-mail: polovaledoparaiba@apta.sp.gov.br

Pesquisadora Maria Luisa Teles Marques Florêncio Alves
E-mail: marialuisa@apta.sp.gov.br

FONTE

Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios
Assessoria de Comunicação da Apta
José Venâncio de Resende - Jornalista
Texto: Fernanda Domiciano - Estagiária
Telefone: (19) 2137-0616

Novas regras para a agroindústria caseira rural beneficiam pequenos produtores

Agroindústrias rurais de pequeno porte podem sair da informalidade e ampliar o mercado para suas produções, com a regulamentação da Lei 19.476/11, que trata da habilitação sanitária específica para estes empreendimentos. O objetivo do Estado com as novas regras é melhorar a renda do agricultor familiar, sem abrir mão da qualidade dos produtos oferecidos ao consumidor. Antes, as leis em vigor no país dificultavam a habilitação das pequenas agroindústrias. Aproximadamente 45 mil produtores, que se dedicam à atividade serão beneficiados com a nova legislação.

O empreendimento considerado como agroindústria rural de pequeno porte é aquele de propriedade ou gestão de agricultor familiar. Deve ser localizado no meio rural, sua área útil construída não deve ultrapassar os 250 m² e a mão de obra deve ser predominantemente familiar.

De acordo com a coordenadora de Agregação de Valor e Geração de Renda da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), Ana Helena Junqueira Cunha, pela falta de uma legislação específica, os agricultores familiares tinham como parâmetros a legislação que regulamenta as indústrias de grande porte. "Isso dificultava a formalização e adequação sanitária dos pequenos empreendimentos, devido aos altos custos de implantação", explica.

Termo de Compromisso

De acordo com as regras de transição, regulamentadas pelo Decreto 45.821/11, o produtor que assinar o Termo de Compromisso, visando à habilitação sanitária do empreendimento junto ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) terá prazo de até dois anos para se regularizar e fazer as adequações necessárias. Os técnicos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) e do IMA vão vistoriar as instalações e indicar as adequações necessárias, que podem se feitas por etapas, dentro do prazo de dois anos, contados partir da assinatura do documento.

Segundo a coordenadora da Seapa, a partir da assinatura do Termo de Compromisso, o produtor terá um número de cadastro provisório e poderá comercializar a produção, com emissão de nota fiscal e sem risco de ter a produção apreendida.

"Com os estabelecimentos ajustados às regras sanitárias e devidamente cadastrados, os produtores poderão conquistar novos mercados dentro do Estado, e ainda participar de programas federais, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), responsável pela compra de produtos da agricultura familiar para as escolas públicas", informa a coordenadora.

Para serem habilitadas as agroindústrias rurais precisam cumprir exigências como ser construída com material aprovado pelo órgão oficial competente; possuir local adequado para coleta de resíduos isolado da área de produção; o piso deve ser impermeável, de material resistente e de fácil higienização, com declividade suficiente para escoamento à rede de esgoto; as janelas devem ter proteção antipragas, os equipamentos e utensílios devem ser de fácil higienização, resistentes à corrosão, não tóxicos e que não permitam o acúmulo de resíduos, dentre outas exigências.

FONTE

Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
Jornalista responsável: Márcia França
Telefone: (31) 3915-8552

Nicarágua e Sri Lanka recebem ajuda humanitária da Conab

A Conab continua contribuindo para ajuda humanitária internacional durante o mês de janeiro. Uma nova remessa de doações foi enviada ontem, para a Nicarágua. Cerca de 900 mil toneladas de arroz foram embarcados no Porto do Rio Grande, localizado no Rio Grande do Sul.

Também por meio da Conab, do mesmo local partirá até o início da próxima semana uma doação de 2.000 toneladas de arroz para o Sri Lanka. O arroz faz parte dos estoques públicos de alimentos do Governo Federal para assistência humanitária e estava localizado nas unidades armazenadoras da Companhia. Nesta semana as doações da Conab se estenderam para outros países como: Quênia (10,6 mil t de arroz), Etiópia (7,5 mil t de arroz), Somália (31,5 mil t de milho) e Honduras (682 t de milho). (Comunicação Social/ Conab)