
"No mês de janeiro, conforme foi noticiado pela imprensa nacional, os assentados do PDS Esperança, onde Dorothy foi morta, bloquearam as estradas que davam acesso à área para impedir a continuidade da retirada ilegal de madeira. Com essa ação os assentados pretenderam chamar a atenção das autoridades para a completa falta de fiscalização e controle dos órgãos públicos na região", diz a nota.
Após o episódio, uma audiência pública foi realizada e, segundo a CPT, a promessa de atender às reivindicações dos assentados procurou amenizar os ânimos.
A Comissão Pastoral da Terra acusa ainda madeireiras locais de cooptarem sindicatos de trabalhadores e famílias que vivem no assentamento, provocando ainda mais conflitos entre os assentados. Segundo a nota, o clima é ainda mais acirrado em função do estímulo governamental ao "agro e hidronegócios" e à mineração na região.
Para a CPT, as comunidades indígenas e camponesas da Amazônia não têm sido consideradas e nem as leis têm sido respeitadas pelo governo quando aprova projetos de infraestrutura, como a Usina Hidrelétrica de Belo Monte.
Dorothy Stang foi morta em 2005 com seis tiros, aos 73 anos de idade, em uma estrada próxima a Anapu. Ela era americana naturalizada brasileira e prestava serviço pastoral na região. O mandante da morte foi o fazendeiro Vitalmiro Moura, conhecido como Bida, que passou por três julgamentos e foi condenado a 30 anos de prisão. Outras cinco pessoas foram acusadas de envolvimento no crime.
FONTE
Agência Brasil
Mariana Jungmann - Repórter
Andréa Quintiere - Edição
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