O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi,  informou na tarde de ontem (17/02/11) ao governador Beto Richa do Paraná  que o governo federal vai aumentar as compras diretas de feijão das  atuais 100 sacas para 500 sacas por produtor. "O pedido foi encaminhado  pela manhã e a resposta foi imediata", comemorou o governador.
 
 A iniciativa de aumentar o volume de compras por produtor era uma  medida necessária para evitar o desestímulo ao plantio no Paraná, maior  produtor de feijão no País, situação que poderia comprometer o  abastecimento nacional daqui a alguns meses, com a redução da oferta do  produto no varejo. "Com a ampliação das compras por produtor, a medida  certamente irá escoar a produção e evitar a queda de preços que está  penalizando o produtor", disse o secretário da Agricultura e do  Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara.
 Atualmente, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento  (MAPA) compra feijão diretamente do produtor, até o limite de 100  sacos, e 15 mil toneladas, definidas para o Paraná em fevereiro de 2011.
 Nas compras diretas pelo Programa de Aquisição de Alimentos  (PAA) – ou por Aquisição do Governo Federal (AGF) o produtor passa a  receber o preço mínimo do grão, fixado em R$ 80,00 a saca. Acontece que a  super oferta de feijão derrubou as cotações e o preço caiu abaixo do  mínimo para uma média de R$ 55,00 a saca.
 Para o secretário Ortigara, se o governo pagar entre R$ 25,00 e R$  30,00 por saca de feijão, vai contribuir para melhorar a renda do  agricultor e não vai afetar o varejo. O secretário afirmou que a queda  nos preços do feijão no varejo nunca ocorre na mesma proporção como  ocorre no setor produtivo. "Se no próximo ano houver queda na área  plantada e na produção, com consequente aumento no preço do grão,  fatalmente vai afetar o consumidor que passará a pagar mais pelo  produto", avisou.
 O Paraná é o maior produtor de feijão do País, com previsão de 541 mil  toneladas do grão na primeira safra (das águas) e a região de Ponta  Grossa concentra essa produção, devendo produzir 128 mil toneladas,  participação de 24%. No plantio, a região de Ponta Grossa tem  participação de 19% em relação à área ocupada no Estado. Na safra das  águas, foram plantados 340 mil hectares e na região dos Campos Gerais,  foram plantados 63 mil hectares de feijão.
 Em reunião, ontem (17/02/11), com a presidente da Sociedade Rural de  Ponta Grossa, Sandra Queiroz; o secretário de Agricultura, Pecuária e  Meio Ambiente de Ponta Grossa, José Fernando de Paula; os deputados  estaduais Marcelo Rangel e Pedro Lupion e representantes dos produtores  de feijão de Ponta Grossa, Ortigara reafirmou a disposição do governo  estadual de evitar a queda dos preços pagos aos produtores.
 FONTE
 Agência de Notícias do Paraná
Nenhum comentário:
Postar um comentário