segunda-feira, 19 de abril de 2010

Fruticultura busca o consumo interno

MAGNOS ALVES
Da Redação

Aumentar o consumo de frutas no Brasil. Esse é o desafio dos fruticultores brasileiros para se tornarem mais independentes do mercado externo. O assunto foi discutido na sexta-feira passada, 12, em Brasília/DF, durante encontro da Câmara Setorial da Fruticultura.
O presidente do Comitê Executivo de Fitossanidade do Rio Grande do Norte, Wilson Galdino, que participou da reunião, destacou que os brasileiros consomem, em média, praticamente a metade do que é consumido em frutas por espanhóis, italianos e alemães, por exemplo.
Segundo pesquisa do Ministério da Agricultura, Pecuária a Abastecimento (MAPA), o brasileiro consome, em média, 62 quilos de frutas por ano, enquanto que na Alemanha a média é de 112 quilos, na Itália 114 quilos e na Espanha 120 quilos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o consumo anual de 100 quilos de frutas.
Na opinião de Wilson, os produtores brasileiros precisam fazer um trabalho forte de marketing, atacando especialmente os jovens. "Temos que começar a atacar a base, colocando, por exemplo, frutas no cardápio da merenda escolar", salientou, acrescentando que as frutas têm apelo forte pelos benefícios que causa ao ser humano.
Wilson ressaltou também que os fruticultores devem investir na produção de frutas com a melhor qualidade possível, "a fim de competir com frutas de outros países tanto no mercado interno, quanto externo".
O diretor do Departamento de Promoção Internacional do Agronegócio do Mapa, Eduardo Sampaio, recomendou a ampliação de parcerias do setor com governos estaduais, câmaras de comércio bilaterais e maior participação em rodadas de negócios e missões comerciais em outros países, na busca de novos mercados.
Os fruticultores estão se movimentando para recuperar a volúpia perdida nos últimos anos.
Em Mossoró, por exemplo, a exportação de melão foi reduzida em quase 50% nos primeiros meses de 2010, saindo de mais de oito milhões de dólares entre janeiro e fevereiro de 2009, para pouco mais de quatro milhões de dólares no mesmo período deste ano.
A próxima reunião está programada para maio, quando serão definidas atividades para divulgação da fruta brasileira no mercado interno.

FONTE: jORNAL DE fATO

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