Os agricultores do Nordeste terão bons motivos para festejar em 19 de março o dia de São José, conhecido na região como o santo das chuvas. De acordo com o Boletim Agroclimático divulgado nesta quinta-feira (12/02) pela Conab, as chuvas nos meses de fevereiro, março e abril devem chegar à região na medida certa, o que deverá garantir uma produção de aproximadamente 12 milhões de toneladas de grãos.
As culturas mais favorecidas são o arroz, o feijão, a mamona, o milho, o sorgo e a mandioca. Os produtores que apostaram no plantio do milho e do feijão 2º safra no Ceará, por exemplo, devem ser os mais beneficiados. Numa escala de impactos que vai de –3 (cenário muito ruim) a +3 (cenário muito positivo), a estatal atribui nota máxima no Jaguaribe, noroeste, norte, sul e sertão cearense.
Em fase de desenvolvimento em fevereiro, os mandiocais baianos e do oeste maranhense também serão beneficiados pela combinação de temperatura adequada e chuva na dose certa. A mesma previsão otimista vale para a mamona cultivada na região do Vale do São Francisco na Bahia e no sertão pernambucano.
Outras regiões – No Sul o clima seco deve permanecer nos próximos meses e afetar principalmente plantações de soja, milho e amendoim 1ª safras. A escassez de chuvas também deve chegar ao o sul do estado de São Paulo e atingir o feijão 2º safra e os citros. Já no Centro-Oeste as chuvas ficam dentro da média e não causam impactos negativos. No Norte do país deve chover acima da média, favorecendo o cultivo de arroz e prejudicando o feijão 2º safra, os citros e a mandioca. Segundo o gerente de Geotecnologias da estatal, Társis Piffer, as previsões podem auxiliar os produtores, analistas de mercados, operadores de crédito e de seguro agrícola no planejamento e monitoramento da produção.
“Mas é importante lembrar que os prognósticos para as culturas são análises subjetivas e ainda podem ocorrer alterações positivas ou negativas nos impactos previstos”. O estudo utiliza as previsões climáticas do Centro de Previsões de Tempo e Estudo Climático (CPTEC) e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para calcular índices de impacto nas principais culturas.
Fonte: Globo Rural
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