Aquele matuto, roceiro de expressões exageradamente caipiras, ingenuidade acentuada... já era! Ou você acha mesmo que o povo rural vive em um mundo à parte onde a perspicácia, o progresso e a modernidade não existem!?
O apresentador Luciano Huck, em seu programa levou um "choque" (de realidade) quando entrevistava o seringueiro Elias, um senhor de quase 80 anos que nunca havia saído da pequena comunidade ribeirinha chamada São Tomé, interior da floresta amazônica, e que tinha o sonho de transformar sua comunidade na Veneza brasileira:
Luciano – O senhor tem sonhos seu Elias?
Elias – Tenho sim. Eu sonho em elevar essa nossa pequena comunidade humilde, a ficar bonita e ser transformada em uma cidade que existe na Itália cercada de água. Aqui nós estamos em uma ilha e lá essa cidade também é cercada de água.
Luciano – E como chama essa cidade?
Elias – Veneza... na Itália!
Luciano – Mas como o senhor sabe que Veneza é bom se o senhor nunca foi?
Elias – Não, mas é que eu vi em revistas e postais e eu to achando que aqui seria de acordo pra isso.
O novo perfil do homem rural já é uma realidade em vários lugares. Os homens rurais (ou pelo menos seus filhos e netos) também acessam a internet para acompanhar o mercado nacional e internacional, comercializam suas produções por este meio virtual, realizam cursos de qualificação profissional à distância (como por exemplo, os Cursos Ead Senar, específico para este segmento). Muitos produtores e profissionais rurais estão inseridos nas redes sociais. Mesmo que não seja via internet, o seu espírito empreendor o impulsiona a procurar, a compreender e melhorar seu trabalho.
A alta tecnologia também é implantada no campo... Muitos deles estão acostumados a operar no cotidiano, máquinas modernas de última geração.
Mesmo que para muitos esta acessibilidade de informação e tecnologia ainda seja distante, por vários fatores... Nós profissionais de comunicação, devemos e podemos talvez por "obrigação" ética, contribuir para uma nova mentalidade de um exemplo a ser almejado, copiado e posto em prática.
Utilizando as mídias de entretenimento e os veículos de comunicação, nós podemos contribuir com o setor rural, abordando por meio dos personagens questões problemáticas do setor que produz segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 70% dos alimentos para o meio urbano. Podemos trabalhar temas como as dificuldades de produção e comercialização dos produtos agropecuários.
As políticas públicas, devem conscientizar cada agricultor e extensionista rural que eles são agentes de mudanças, profissionalizando esse agricultor com técnicas gerenciais e organizacionais farão toda a diferença para que a agricultura familiar transcenda a economia puramente de subsistência, para uma atividade mais dinâmica, agregadora de valor de sua produção, trabalhando adequadamente o empreendedorismo desse novo homem rural e assim, podemos ajudar a diminuir o contraste entre os mundos rural e urbano, afinal a "Lei do Progresso" está para todos.
O universo da agricultura familiar agrega várias possibilidades de trabalho bem remunerado e lucrativo, dentre elas destacamos as agroindústrias de pequeno porte; o turismo rural de lazer e aventura; Hidroponia, Alimentos orgânicos entre outros.
AUTORIA
Cristiane Celina
Graduada em Comunicação Social pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
Assessora de Comunicação na Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer)
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