Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O aumento do rendimento da lavoura de soja e a ampliação da área de plantio da segunda safra de milho são os principais indicadores para a maior safra de grãos prevista para este ano no Brasil. Segundo dados divulgados hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de fevereiro, a estimativa é que a safra de 2011 seja 1,2% maior do que a de 2010.
A projeção da safra de 2011 feita em fevereiro também supera em 3,0% a estimativa anterior, de janeiro. “Essa [previsão de] superação da safra recorde de 2010 é graças ao aumento da área do milho de segunda safra, que influenciou um aumento de 3,0% em relação à informação anterior, de janeiro. Também houve um aumento do rendimento da soja, observado agora na colheita. Houve também pouca influência do fenômeno La Niña, ao contrário do que se esperava anteriormente”, disse o gerente da Coordenação de Agropecuária do IBGE, Mauro Andreazzi.
Segundo o IBGE, houve um aumento da área de plantio do milho de segunda safra, devido à elevação do preço no mercado internacional. A produção esperada para 2011 é de 22,9 milhões de toneladas, 14,4% a mais do que previu o IBGE em janeiro. Caso a estimativa se confirme, a produção será 0,4% maior do que em 2010.
A soja deve ter uma produção de 69 milhões de toneladas, 2% a mais do que o previsto em janeiro, devido à melhoria de rendimento observada nas lavouras já colhidas em estados como o Paraná e Goiás. Caso a projeção se confirme, a safra deste ano será 0,7% superior à de 2010.
O algodão em caroço é outro produto que teve uma melhoria na estimativa de produção de 2011, de janeiro para fevereiro (2,4%). Neste ano, espera-se uma safra 57,4% maior do que no ano passado.
No que se refere ao arroz, terceiro grão mais importante do país, a estimativa feita em fevereiro é 0,8% inferior à de janeiro, ainda assim espera-se neste ano uma safra 12,7% maior do que em 2010.
O IBGE também estima que, neste ano a área plantada chegará a 48,1 milhões de hectares, um aumento de 3,3% em relação a 2010. Caso isso se confirme, será uma área recorde, superando a marca de 2005, que foi de 47,57 milhões de hectares.
Edição: Juliana Andrade
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