segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Sumiço das abelhas derruba exportações de mel do Brasil

O Brasil caiu da 5ª para a 10ª colocação mundial em exportação de mel nos últimos dois anos. O motivo foi o abandono das colmeias na região produtora mais importante do país, o Nordeste. Em 2012, alguns estados registraram queda de 90% na produção e o abandono de colmeias chegou a 60%. "A queda no Nordeste reflete diretamente nas exportações nacionais de mel. A região é uma das maiores produtoras e exportadoras do país" explica Maria de Fátima Vidal, coordenadora de estudos e pesquisas do Etene (Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste).
Cerca de 46 mil pequenos apicultores em nove estados nordestinos vivem da atividade e, juntos, respondem por 40% da produção de mel no país -- em épocas com índice normal de chuva. Por trás do sumiço das abelhas está a seca que atinge a região há pelo menos 24 meses. Além das alterações climáticas, bactérias e uso de agrotóxicos são citados como causas da mortalidade das abelhas no Brasil. Mas a falta de documentação sobre o desaparecimento de enxames dificulta o trabalho de controle e monitoramento da situação.

O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) prevê que o problema não deve melhorar até 2015. Neste ano, as perspectivas de pouca chuva estão se confirmando e, para o próximo, mesmo que haja precipitação normal, a recuperação das colmeias deve ser lenta. "Isso ocorre porque o período de chuvas no Nordeste é curto sendo que, quando ocorrem as floradas, os novos enxames primeiro puxam cera e fortalecem as famílias e, somente depois, no final do período chuvoso, é que começam a produzir mel", afirma Vidal, em artigo assinado pela Etene, órgão do Banco do Nordeste.

Santa Catarina bate recorde depois de perda histórica

Os produtores de Santa Catarina também sofreram com o desaparecimento dos insetos. Em 2011, pior ano, segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), o estado produziu cerca de 4 mil toneladas, enquanto a média anual é de 6 mil. "Muitas famílias deixaram a apicultura", lembra Walter Miguel, engenheiro gerente do Centro de Desenvolvimento Apícola da Epagri.

Cerca de 30 mil famílias atuam na atividade no estado do Sul e são responsáveis por cerca de 300 mil colmeias. Em 2011, o desaparecimento de abelhas chegou a quase 100% em algumas regiões. A floração de culturas como maçã e pêra foi prejudicada por causa da ausência das abelhas. "Estima-se que mais de 10% da produção agropecuária tenha sido comprometida pela falta das polinizadoras", destaca Miguel. Nessa parte do Brasil, o frio foi um dos principais motivos que ocasionou o sumiço dos insetos.

Após ações de manejo e orientação dos apicultores, as abelhas retornaram e a produção bateu recorde na última safra: 7 mil toneladas. Além do frio intenso, doenças, manejo inadequado e uso de agrotóxicos contribuíram para a queda da produtividade e sumiço dos insetos. Situação que preocupa pesquisadores, entidades governamentais e apicultores de todo o Brasil.

Síndrome do Colapso das Abelhas

Em países como Estados Unidos, Canadá, Japão, Índia e em nações da União Europeia, o problema é caracterizado como Síndrome do Colapso das Abelhas (CCD, sigla em inglês para Colony Collapse Disorder). Trata-se de um abandono repentino e massivo de colmeias. A situação é grave e, em estados norte-americanos chegou a comprometer a produção agrícola, já que a floração é feita quase que exclusivamente através desse inseto. De acordo com a Confederação Brasileira de Apicultura (CBA), entre 2007 e 2008 aquele país perdeu cerca de 1 milhão de abelhas.

"Hoje, sabe-se que elas desempenham um papel fundamental na agropecuária. Cerca de 80% de tudo o que é consumido no mundo é polinizado pelas abelhas. A ausência delas reflete-se com impacto direto sobre a agricultura", afirma Walter Miguel, engenheiro agrônomo gerente do Centro de Desenvolvimento Apícola da Epagri.

Agrotóxicos estão entre as causas do sumiço de enxames

Márcio Freitas, coordenador geral de avaliação de substâncias tóxicas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), explica que até o momento há dois casos que se assemelham com CCD no país, em São Paulo e Minas Gerais.

Segundo o especialista, a falta de dados concretos de todas as regiões brasileiras compromete a análise das causas do desaparecimento das abelhas. "Como em muitas regiões do país, a apicultura não ocorre de forma organizada, por isso, muitos casos de desaparecimento não são documentados. Há cerca de cem casos informados ", comenta Freitas.

Apesar de descartar o CCD, o Ibama indica que os defensivos agrícolas estão entre os três principais causadores do desaparecimento de abelhas no Brasil. Eles matam os insetos imediatamente após a aplicação ou afetam seu sistema sensor, fazendo com que ele não consiga retornar à colmeia, enfraquecendo o enxame.

Desde 2010, a entidade analisa três tipos de neonicotinóides, defensivos agrícolas apontados por estudos internacionais como causadores deste fenômeno. Caso se confirme os efeitos nocivos, medidas mais rigorosas para proteger os insetos devem ser adotadas. A expectativa é que, até 2014, os primeiros resultados conclusivos estejam prontos. Em 2012, uma portaria do Ibama restringiu o uso destas substâncias durante o período de floração.

Em abril de 2013, 15 dos 27 países da União Europeia (UE) suspenderam o uso desses defensivos agrícolas. José Cunha, presidente da CBA, garante que existe um esforço conjunto entre os órgãos apícolas e o setor agrícola para mitigar os efeitos dos agrotóxicos sobre os polinizadores.

"O Brasil não pode se desenvolver sem o agronegócio e o meio ambiente não vive sem os polinizadores", analisa, Ele enfatiza que, se forem adotadas medidas de fomento e proteção à atividade, a produção anual pode pular de 50 mil para 200 mil toneladas no país.

FONTE

Deutsche Welle
Autoria: Janara Nicoletti
Edição: Nádia Pontes

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

VALE DO APODI MAIOR PRODUTOR DE ARROZ VERMELHO DO NORDESTE




Foi divulgado o levantamento de campo feito pela Superintendência Regional do Rio Grande do Norte da CONAB, no período de 22 a 26/07/13 o destaque ficou por conta da Região do Vale do Apodi, cujo volume de arroz vermelho que será produzido nesta safra coloca a Região como a maior produtora do RN e do Nordeste.

Arroz: O cultivo de arroz no RN é feito, basicamente, pelo processo de irrigação. As áreas concentram-se nos municípios situados à margem do Rio Apodi/Mossoró, inseridos na Região do Vale do Apodi, que conta com disponibilização de água suficiente para o desenvolvimento da atividade. Mais de 95% do arroz cultivado no estado é do tipo “vermelho”, com sua importância comercial na região. Mesmo assim, o cultivo do arroz nas áreas potiguares depende das chuvas para abastecer os lençóis freáticos. Nesta safra, como o volume de chuvas foi superior ao ano passado, estima-se crescimento de 32,5% em relação ao total da área plantada em 2012. Em termos de produção, o destaque fica por conta da Região do Vale do Apodi, cujo volume de arroz vermelho que será produzido nesta safra coloca a Região como a maior produtora do RN e do Nordeste. Fonte: CONAB RN.

Temos poucos parceiros a agradecer, pois não existe projeto de infra-estrutura e custeio para a cadeia do arroz, não podemos dividir o mérito com o sistema financeiro; não temos outorgar e nem tarifa verde, não podemos agradecer ao governo do estado, mais sim a CONAB que destes 2008 vem trabalhando a comercialização no Programa de Aquisição de Alimento. 

O desafio de busca resolver os problemas crônicos, como liberação simplificada da outorgar, tarifa verde, são ações essências para o desenvolvimento da cadeia produtiva do arroz vermelho e consequentemente sermos o maior produtor do Brasil.

Assessoria: Eron Costa - FUNDEVAP

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

COLHEITA DO ARROZ VERMELHO NO VALE DO APODI


            Está acontecendo à colheita do arroz vermelho no vele do Apodi, a safra é fruto do plantio de janeiro e fevereiro, Breve teremos o resultado oficial da safra 2013, levantamento feito pelo técnico da CONAB no período de 24 a 26 de julho, mostrando a força da nossa gente, mesmo sem resolver os gargalhos que dificultam o crescimento e desenvolvimento da cadeia produtiva do arroz no estado, como: tarifa verde (energia mais barata), a liberação simplificada do uso de água, pois é um obstáculo que dificultar o acesso ao crédito rural.
          O Governo Federal reduziu o IPI com objetivo de garantir emprego na indústria, mas urgentemente precisaremos de subsidio, a exemplo da redução do IPI, para manter viva à cultura do arroz vermelho, que gerar no município ocupação para mais de 400 famílias e também vale lembrar, que o arroz da terra é um produto regional de excelente qualidade e já é conhecido como uma cultura Milena. Metade da humanidade tem hábito de consumir arroz, então a necessidade de resolver os problemas desta cadeia produtiva.

Assessoria: Eron Costa - FUNDEVAP